Você já deve ter se deparado em algum veículo de comunicação, seja televisão, rádio ou internet, com um especialista falando a respeito das benesses da castanha-do-pará. Afinal, essa oleaginosa é venerada por médicos e nutricionistas, e é sempre indicada como parte fundamental de uma dieta para deixar a saúde em dia e tinindo.
Verdade seja dita, essa pequena semente é gigante em propriedades e nutrientes benéficos para os humanos e, se incluída na alimentação de maneira correta, pode ser uma grande aliada para o bem-estar do organismo. E quando falamos de incluí-la de forma correta, é porque, assim como tantos outros alimentos, a castanha-do-pará pode e tornar uma vilã de qualquer dieta quando consumida em exagero.
Neste texto você irá descobrir não só as vantagens de se alimentar dessa castanha tão típica de nosso país – tanto é que no exterior ela é chamada de “Brazil Nut”, que em bom português quer dizer “Castanha-do-Brasil” – como também a forma ideal de incluí-la no cardápio.
Rica, muito rica
Eis acima um adjetivo perfeito para a castanha-do-pará. Isso porque apesar de ser pequena, apenas uma semente possui grandes quantidades de gorduras boas, que reduzem o colesterol ruim (LDL) e aumentam o bom (HDL). Além de gorduras, também apresenta uma boa quantidade de fibras, nutriente essencial para o bom funcionamento do intestino e que também ajuda a prolongar a sensação de saciedade, fazendo assim com que você coma menos.
E não para por aí, não. A castanha típica do norte do país ainda contém quantidades significativas de magnésio, fósforo, zinco, vitamina E, vitamina B1 e de um mineral chamado Selênio, que merece explicação à parte.
Uma única semente de castanha-do-pará possui nada menos do que 200 a 400 microgramas de selênio. Para seter ideia de como ela é rica nesse mineral, saiba que um adulto precisa de algo em torno de 55 microgramas diários do nutriente. Mas afinal, em quê o selênio beneficia o organismo?
Essa é uma substância promissora na prevenção de diversas doenças, como câncer e alzheimer. O selênio é essencial para a formação de uma enzima denominada glutationa peroxidase. Essa enzima é uma das mais poderosas quando o assunto é neutralizar os radicais livres, moléculas que, quando em excesso no corpo, causam diversos danos ao organismo, incluindo a morte de neurônios.
Além de fazer bem para o cérebro, ajudando na cognição, o selênio também é importante para o bom funcionamento da tireóide, pois ajuda na produção dos hormônios T3 e T4. Quer mais? A ação antioxidante do selênio também previne doenças cardíacas.
Uma por dia, é o que basta
Depois de ler tanta coisa boa a respeito da castanha-do-pará, pode até ser que você tenha ficado animado para incluir ela de vez em sua dieta e aproveitar todas as maravilhas que ela proporciona. Mas veja bem: é preciso ter parcimônia com essa semente, especialmente por dois motivos.
O primeiro, é que o excesso de selênio no organismo pode acarretar não em benefícios, mas em prejuízos, sendo os mais frequentes mau hálito, unhas fracas e quebradiças, alterações na pele e queda de cabelo. O segundo é que a castanha, por ser rica em gorduras, mesmo que boas para o corpo, é um alimento bastante calórico. Pode parecer pouco, mas para aproveitar todos os benefícios castanha-do-pará na medida certa, basta comer uma por dia.